O cálculo renal é uma doença bastante comum, com incidência em torno de 5% da população, e com grande taxa de recorrência.
Trata-se das famosas "pedras nos rins", uma coleção dos cristais que existem naturalmente na urina, e que se unem para formar pedras. Sob condições normais, a urina contém substâncias que previnem a formação dos cristais. Entretanto, esses inibidores podem se tornar ineficientes causando a formação dos cálculos.
A doença é duas vezes mais comum em homens e seu pico de incidência ocorre entre os 20 e 40 anos de idade.
A causa exata da formação dos cálculos nem sempre é conhecida. Embora certos alimentos possam promover a formação de cálculos em pessoas que são susceptíveis, os cientistas não acreditam que algum tipo de alimento cause cálculos em pessoas não susceptíveis.
Uma pessoa que tenha algum familiar que já teve cálculo renal pode ser mais propensa a desenvolver cálculos. Infecções urinárias, distúrbios renais e metabólicos também estão relacionados com a formação de cálculos. A desidratação, muito importante nos lugares de clima quente, também é um importante fator de risco para a formação dos cálculos renais.
Outras causas são gota, excesso de ingestão de vitamina D, e obstrução do trato urinário. Certos diuréticos, antiácidos e outros medicamentos podem aumentar o risco de formação de cálculos pelo aumento de cálcio na urina.
Usualmente, o primeiro sintoma de um cálculo é uma dor intensa, que começa subitamente quando a pedra se move no trato urinário, causando obstrução. Tipicamente, a pessoa sente uma dor aguda no dorso ou abdome inferior. Pode ocorrer palpitação, náusea e vômito. Mais tarde, a dor pode chegar até a virilha e os genitais. Se a pedra for muito grande para ser expelida facilmente, a dor é contínua devido à contração dos ureteres na tentativa de eliminar o cálculo e da obstrução do trato urinário. Quando o cálculo cresce ou se move, pode aparecer sangue na urina. Com a descida da pedra nos ureteres, pode ocorrer aumento da frequência urinária, forte desejo de urinar e sensação de ardor durante a saída da urina.
Se houver febre e calafrios acompanhando esses sintomas, uma infecção pode estar presente.
A presença desses sintomas, sugestivos de cálculo urinário, deve ser avaliada por um médico. Testes diagnósticos específicos podem então ser realizados para confirmar o diagnóstico.
Na ocorrência de um episódio de cólica renal, são utilizados analgésicos para alívio da dor e hidratação para corrigir um possível quadro de desidratação, que predispõe a formação dos cálculos.
A maior parte dos cálculos menores que 5mm são eliminados espontaneamente, sem a necessidade de intervenções para sua retirada. Os cálculos maiores de 7mm podem necessitar algum tipo de intervenção.
Após um episódio de cálculo urinário, a pessoa estará susceptível à formação de novos cálculos. A taxa de recorrência é de 10% no primeiro ano, 35% nos 5 anos subsequentes e 50 a 60% em 10 anos. Por isso a grande importância de medidas de prevenção.
Uma simples e importante mudança para prevenir as pedras nos rins é o aumento da ingestão de líquidos, preferencialmente água, no mínimo de 2 a 3 litros por dia. A ingestão de frutas cítricas (principalmente limão e laranja), a diminuição da ingesta de sal de cozinha e a prática de exercícios físicos também diminuem a incidência de cálculos em pessoas predispostas.
Fonte: Bbibliomed, inc
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